Na primeira semana de fevereiro, a Folha de S. Paulo anunciou que deixaria a rede social Facebook. O motivo? A alteração no algoritmo da rede. O veículo usou a própria plataforma para divulgar a notícia e ainda publicou uma nota em que critica o modelo usado pela rede.
Mas que modelo?
No início desse ano, Mark Zuckerberg anunciou uma alteração significativa do feed de notícias (página inicial do usuário). A mudança consiste em dar mais destaque para conteúdos de amigos e familiares e menos para reportagens jornalísticas e vídeos virais.
A alteração desagradou muitos investidores e, mais uma vez, desafia o trabalho dos profissionais de marketing a ultrapassarem seus limites.
Atualmente, o Facebook é a rede social mais acessada e com maior número de usuários ativos. Além disso, também se consolidou como uma importante ferramenta para o marketing digital.
Usando a rede, você já deve ter se perguntado e notado que algumas pessoas, tipos de publicações e assuntos são mais recorrentes em sua página principal. O que está por trás disso? O tema do nosso artigo!
O algoritmo do Facebook é justamente como a plataforma atua em grande parte: um mecanismo que determina o que é posto como principal em seu feed de notícias (a tela principal).
Acredita-se que um usuário tenha contato a, pelo menos, 1500 post diários. Porém, presta atenção em apenas 20% desse conteúdo.
O conteúdo apresentado [diga-se de passagem, quase “selecionado] leva em não só os interesses do usuário, mas também seu comportamento na rede, tempo que permanece nas postagens, como reage (curtindo, compartilhando) e como interage.
Por isso, falar sobre a fundo sobre o algoritmo não é exatamente simples – ele possui mais de 1000 variáveis! Porém, podemos entender basicamente como ele funciona e como ele pode ajudar, de certa forma, a aumentar a eficiência de certos posts.
Não, eu não vou trazer cada detalhe de como funciona o algoritmo! (E eu nem saberia, rs).
Mas sabemos e podemos entender melhor como esse mecanismo funciona e como isso pode influenciar nós, profissionais do marketing, em melhorarmos o desempenho de nossos trabalhos.
Basicamente, o algoritmo funciona sob 4 bases (que ajudarão na maior apresentação da sua publicação):
QUEM
São as opções da sua lista de amigos, páginas curtidas e interações que você faz. Mais claramente: história de amigos, familiares, pessoas e páginas que você curtiu.
Aqui, claro, o Facebook considera suas interações com a rede na qual está conectado: o que pesquisou, com quem teve mais contato, publicações que curtiu da pessoa/página, etc.
QUANDO
Publicações mais recentes tem mais chance de aparecerem no seu feed – mas, lembre-se: o Facebook leva em consideração a última vez que você conferiu as atualizações.
TIPOS DE CONTEÚDO
Você abre mais vídeos? Fotos? Textos?
O Algoritmo também inclui essa avaliação na hora de “escolher” o conteúdo que aparecerá na sua tela principal colocando em primeiro, mais uma vez, o tipo de conteúdo com o qual você mais interage.
Aqui, o Facebook analisa e considera o comportamento da sua rede de amigos e como ela reagiu e interagiu a determinados assuntos. O conteúdo teve muitas curtidas? Repercutiu inúmeros compartilhamentos? Ele provavelmente aparecerá em seu feed.
Além de toda essa estrutura há, ainda, algumas outras regras que auxiliam na categorização das publicações e que contribuem para um rakeamento e organização da sua tela inicial.
Prioridade à família e aos amigos, postagens informativas ou até mesmo de entretenimento, multiplicidade de ideias (conectar usuários que compartilhem a mesma visão e ideias), conteúdo autênticos, etc.
É claro que as configurações do algoritmo do Facebook são atualizadas constantemente – a última, como já comentado, aconteceu mês passado.
Entender como funcionam as redes sociais é importantíssimo para você, profissional do marketing, ou para você que deseja fazer com que seu negócio tenha mais engajamento online.
Mas, é importante que fique claro a limitação que existe nesse caminho.
É diferencial ter uma página bem estrutura no Facebook? Demais.
É importante, dependendo do ramo em que se trabalha, manter o Instagram, Twitter e outros, atualizados? Sim.
Porém, não deixe que todos os seus esforços – e investimentos – sejam direcionados unicamente a isso.
Como vemos, as alterações e mudanças são constantes e nem sempre são favoráveis. Além disso, os alcances e resultados são muito baixos em comparação a outras alternativas (até mesmo os anúncios pagos no próprio Facebook).
Infelizmente, não vamos conseguir fazer mágica.
Por isso, invista em outros meios e ferramentas como sites, blogs, e-mail marketing, etc (já falamos um pouco sobre essas e outras alternativas aqui no blog!) e, sobretudo, preze por leads.